Ao contrário do que se possa imaginar, estamos em constante estado de excitação, porém é o sistema nervoso que vai nos liberar para sentir desejo. É preciso que o cérebro dê um sinal para tudo começar a acontecer e então nos excitarmos sexualmente.
Na verdade, o que não falta são esses sinais: somos submetidos a eles diariamente, vivendo uma verdadeira revolução hormonal interna.
Os orgasmos, como a maioria das nossas experiências, ocorrem graças a impulsos elétricos que constroem um caminho pelas células nervosas, que se conectam. Alguns desses caminhos ficam acesos, enquanto outros se apagam. Tudo isso ocorre no sistema límbico.
O sistema límbico faz parte de uma zona do cérebro responsável pelo prazer, pelo desejo e pelos impulsos. Está relacionado fundamentalmente com a regulação dos processos emocionais do sistema nervoso. É nessa mesma região que a dor emocional é sentida com intensidade igual à euforia. Assim como a palpitação do nosso coração, isso não é algo que podemos controlar, ou seja, são desejos e impulsos involuntários.
Uma pena, não é? Seria bem mais fácil se pudéssemos lidar com as nossas emoções ligando e desligando um interruptor. Aliás, seria fácil demais ligar um botãozinho na hora em que quiséssemos sentir tesão e chegar ao orgasmo, não é?
Talvez, não; talvez a graça seja conseguirmos sozinhos, como um pai que ensina o filho a pescar, em vez de lhe oferecer o peixe pronto. A grande diferença é que é impossível ensinar o outro a lidar com os próprios desejos e impulsos de sentir, entre várias sensações, tesão.
06/12/2017